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Sabia que no mundo, cerca de 2 bilhões de pessoas têm 50 anos ou mais, representando 25% da população global? E que essa tendência só tende a crescer, com previsões de que esse número chegue a 2,5 bilhões em 2050, principalmente nos países em desenvolvimento? No Brasil, a situação é similar, com aproximadamente 61 milhões de pessoas (28% da população) nessa faixa etária, um número que deve crescer para 35% até 2050. Já na Espanha, cerca de 39,8% da população tem 50 anos ou mais, reforçando um cenário de envelhecimento que impacta toda a Europa.

Entretanto, apesar desses números impressionantes, o que vemos são políticas públicas ainda majoritariamente reativas, focadas em manutenção de empregos tradicionais, cuidados de saúde e atividades recreativas. Faltam estratégias que realmente potencializem os múltiplos capitais dessa população, como criatividade, conhecimento acumulado, capacidade de mentoria e habilidades empreendedoras. Neste artigo, explorarei não apenas o panorama atual, mas também as oportunidades que se abrem ao criarmos um ambiente que valorize e promova a inclusão ativa dos 50+ em todas as esferas econômicas e sociais.

Dados Quantitativos da População 50+

Mundo

Atualmente, cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo têm 50 anos ou mais, representando aproximadamente 25% da população global. Esse número deve continuar crescendo, particularmente nos países em desenvolvimento, e é projetado que atinja cerca de 2,5 bilhões em 2050. O aumento da longevidade e a diminuição das taxas de natalidade estão impulsionando essa mudança demográfica, que exige uma reavaliação de políticas econômicas e sociais para melhor integrar essa população.

Brasil

No Brasil, a população com 50+ alcança cerca de 61 milhões de pessoas, representando 28% da população total de aproximadamente 217 milhões. Até 2050, a expectativa é que esse grupo etário componha cerca de 35% da população. Com um envelhecimento acelerado, o Brasil enfrenta o desafio de criar condições para que essa faixa etária participe ativamente da economia e da sociedade.

Portugal

Portugal enfrenta uma rápida mudança demográfica com uma população cada vez mais envelhecida. Cerca de 32% da população atual tem 50 anos ou mais, e projeta-se que essa parcela cresça para 40% até 2050. O país está entre os mais envelhecidos da Europa, com desafios significativos relacionados ao suporte social e econômico para essa faixa etária.

Espanha

Na Espanha, aproximadamente 19,4 milhões de pessoas têm 50 anos ou mais, o que equivale a 39,8% da população total de cerca de 48,8 milhões. Embora o crescimento da população geral da Espanha possa desacelerar, a proporção de pessoas com 50+ deve aumentar até 2050, reforçando a necessidade de políticas que promovam um envelhecimento ativo e produtivo.

Fontes: INE , Worldometer , Statistics Times

Aproveitamento do Potencial Produtivo: Desafios

O aproveitamento do potencial produtivo da população com 50 anos ou mais varia significativamente entre diferentes países, e as políticas públicas frequentemente não alcançam todo o potencial que essa faixa etária pode oferecer.

Mundo

  • Percentual Aproveitado: Globalmente, o aproveitamento do potencial produtivo das pessoas com 50+ é limitado. Estima-se que menos de 50% do potencial produtivo desta população esteja sendo plenamente utilizado, devido à falta de políticas proativas que incentivem a inovação, o empreendedorismo e a participação ativa em diversas esferas econômicas e sociais.
  • Desafios: A maior parte das políticas públicas ainda é focada na manutenção do emprego tradicional, cuidados de saúde e suporte básico, ao invés de fomentar a inclusão produtiva e criativa dessa população.

Brasil

  • Percentual Aproveitado: No Brasil, a situação é semelhante à média global. Apesar de algumas iniciativas locais, a maioria das políticas ainda é reativa, focando em cuidados de saúde e manutenção de empregos em setores tradicionais. Apenas uma pequena fração das políticas públicas é dedicada a aproveitar o potencial criativo e inovador dos indivíduos com 50+.
  • Políticas Públicas: Há um crescimento nas iniciativas de apoio ao empreendedorismo sênior e à educação continuada, mas essas ainda são exceções e não a regra. Muitos indivíduos 50+ enfrentam barreiras para reintegração no mercado de trabalho ou para iniciar novos projetos devido à falta de apoio institucional.

Portugal

  • Percentual Aproveitado: Atualmente, Portugal enfrenta um desafio significativo em aproveitar plenamente o potencial produtivo da população com 50 anos ou mais. De acordo com dados recentes, o país tem uma alta proporção de pessoas nessa faixa etária, com a idade média da população sendo de 46,6 anos, e a expectativa de vida média é de 82,6 anos, uma das mais altas da Europa. A taxa de dependência de idosos também é elevada, refletindo a necessidade de políticas que incentivem a participação ativa dessa população na força de trabalho​ (Fonte: Worldometer)
  • Políticas públicas específicas para o aproveitamento do potencial da população sênior são ainda emergentes. No entanto, algumas iniciativas em Portugal incluem programas de requalificação e apoio à empregabilidade para pessoas mais velhas, incentivos fiscais para empresas que contratam trabalhadores seniores, e esforços para combater o ageísmo no ambiente de trabalho. No entanto, o impacto dessas políticas ainda é limitado, e há necessidade de um maior investimento em educação continuada, requalificação profissional e apoio ao empreendedorismo para essa faixa etária​(Fonte: CaixaBank Research).

Espanha

  • Percentual Aproveitado: Na Espanha, o aproveitamento é ligeiramente melhor, mas ainda assim, insuficiente. Políticas focadas no envelhecimento ativo e em promover a integração dessa população no mercado de trabalho existem, mas não são amplamente difundidas.
  • Políticas Públicas: A Espanha tem implementado algumas políticas para incentivar o envelhecimento ativo e o empreendedorismo, mas o foco ainda é em políticas reativas como manutenção de emprego e saúde. O potencial multivalor dessa população, especialmente no que tange à economia colaborativa e criativa, permanece subutilizado.

Potenciais da População 50+ e a Fluxonomia 4D

É fato que a população com 50 anos, ou mais, possui potenciais únicos que podem ser alavancados para beneficiar a economia e a sociedade. A Fluxonomia 4D, um modelo que integra as economias Criativa, Partilhada, Colaborativa e Multimoedas, o desenvolvido por Lala Deheinzelin, ferece uma estrutura ideal para explorar esses potenciais.

O conceito da Fluxonomia 4D foi criado por Lala Deheinzelin, uma futurista brasileira reconhecida internacionalmente por seu trabalho na integração de novas economias com foco em sustentabilidade e inovação. A Fluxonomia 4D propõe um novo modelo de desenvolvimento que combina quatro economias (Criativa, Compartilhada, Colaborativa e Multimoedas) para promover a transformação social, ambiental, cultural e financeira de maneira equilibrada e sustentável. Lala desenvolveu essa abordagem com o objetivo de maximizar o uso de recursos intangíveis e criar soluções que atendam às necessidades contemporâneas de forma integrada e resiliente.

Veja só!

Economia Criativa

A Segundo Lala Deheinzelin, a Economia Criativa valoriza as habilidades únicas, experiências de vida e conhecimentos acumulados ao longo dos anos. Pessoas com 50+ têm um potencial imenso para atuar como mentores, consultores e criadores, aproveitando suas vivências para inovar e gerar valor cultural e econômico. Elas trazem uma visão diferenciada e podem criar soluções criativas que atendam às necessidades de diversas gerações. Em síntese:

  • Experiência e Conhecimento: Pessoas 50+ trazem uma riqueza de experiência acumulada, sendo capazes de criar e inovar com base em décadas de aprendizado. Isso é especialmente valioso em setores como design, literatura, artes, e comunicação.
  • Mentoria e Capacitação: Com sua vasta experiência, elas têm o potencial de atuar como mentores e formadores de novas gerações, transmitindo conhecimento e desenvolvendo talentos.
  • Resiliência e Adaptação: A capacidade de se reinventar e adaptar às mudanças é um forte ativo para a inovação dentro da economia criativa.

Economia Partilhada

Nesse eixo, a troca de recursos e serviços ganha destaque. As pessoas 50+ podem compartilhar suas habilidades e conhecimentos de forma colaborativa, criando redes de apoio mútuo. Exemplos incluem mentorias, prestação de serviços em comunidades e participação em programas de reaproveitamento de recursos, como o aluguel de espaços ociosos ou o compartilhamento de ferramentas e experiências.

  • Aproveitamento de Recursos: Pessoas 50+ podem compartilhar seus recursos, como conhecimento, espaços e habilidades, promovendo uma economia mais sustentável. Isso pode incluir desde co-working para empreendedores seniores até a partilha de bens materiais como veículos e moradias.
  • Comunidades Intergeracionais: Contribuem para a criação de comunidades intergeracionais que promovem a troca de experiências e o suporte mútuo, gerando um ambiente de solidariedade e apoio.

Economia Colaborativa

Na Economia Colaborativa, o foco está na construção conjunta e no fortalecimento de redes sociais. Pessoas mais velhas podem atuar como pontos de conexão, facilitando colaborações intergeracionais e promovendo iniciativas comunitárias. Eles frequentemente lideram ou participam ativamente de projetos sociais, ONGs e movimentos comunitários, aproveitando sua experiência para resolver problemas locais e globais.

  • Redes de Apoio e Colaboração: A capacidade de formar redes colaborativas é um ponto forte para a população 50+. Eles podem liderar iniciativas de economia colaborativa, como grupos de compras coletivas, cooperativas de trabalho, e redes de cuidado mútuo.
  • Empreendedorismo Social: Muitos na faixa 50+ estão engajados em iniciativas de empreendedorismo social que visam resolver problemas locais e globais, colaborando em projetos que geram impacto positivo na sociedade.

Economia Multimoedas

Lala nos explica que este eixo abrange a utilização de formas alternativas de valor, como tempo, conhecimento, confiança e reputação, além do dinheiro. Pessoas com 50+ têm a oportunidade de contribuir em sistemas de trocas não monetárias, como bancos de tempo ou moedas sociais, valorizando o capital humano e social. Sua capacidade de ofertar conhecimentos e habilidades em troca de bens ou serviços fortalece a economia local e cria um ciclo virtuoso de reciprocidade.

  • Valores e Propósito: Pessoas com mais de 50 anos tendem a priorizar atividades e projetos que alinhem com seus valores pessoais e propósito de vida, contribuindo para uma economia que vai além do valor financeiro, integrando valores sociais, culturais, e ambientais.
  • Sustentabilidade e Ética: Elas têm o potencial de impulsionar práticas empresariais e comunitárias mais éticas e sustentáveis, promovendo a integração de valores como justiça social, equidade e respeito ao meio ambiente em suas atividades econômicas.

Lala Deheinzelin destaca que a integração desses eixos promove uma sociedade mais inclusiva e resiliente, onde o conhecimento e as habilidades das pessoas mais velhas não só são valorizados, mas também essenciais para a sustentabilidade futura. Segundo Lala, a combinação dessas economias permite um uso mais eficiente dos recursos e uma conexão mais profunda entre as pessoas, reconhecendo o valor intangível que as gerações mais experientes trazem para o desenvolvimento social e econômico.

Esses potenciais tornam-se essenciais para enfrentar os desafios contemporâneos e construir um futuro mais equilibrado e colaborativo, aproveitando as múltiplas formas de valor que as pessoas com 50 anos ou mais podem oferecer à sociedade.

Recomendações para ações que desenvolvam o público 50+

Para transformar o potencial dos 50+ em um motor de inovação, é essencial que prefeitos e líderes locais adotem uma abordagem proativa. Algumas recomendações incluem:

1. Incentivo ao Empreendedorismo Sênior

  • Criação de Programas de Mentoria e Incubadoras: Estabelecer programas que conectem empreendedores seniores com mentores experientes, fornecendo suporte na criação de novos negócios e startups.
  • Apoio Financeiro e Fiscal: Desenvolver linhas de crédito específicas e incentivos fiscais para estimular negócios criados por pessoas 50+, promovendo a inovação e a geração de empregos.

2. Educação Continuada e Requalificação

  • Cursos e Treinamentos em Novas Tecnologias: Oferecer cursos gratuitos ou subsidiados em áreas como tecnologia digital, marketing online, e inovação, garantindo que essa população se mantenha atualizada e competitiva.
  • Parcerias com Universidades e Instituições de Ensino: Criar parcerias para oferecer programas de educação continuada e cursos voltados para o desenvolvimento de novas habilidades, com foco em áreas de alta demanda.

3. Promoção do Envelhecimento Ativo

  • Criação de Espaços de Convivência Intergeracionais: Desenvolver centros comunitários onde pessoas de diferentes idades possam interagir, compartilhando conhecimentos e experiências, promovendo a coesão social.
  • Programas de Atividade Física e Bem-Estar: Implementar programas que incentivem o envelhecimento ativo através de atividades físicas, workshops de saúde mental, e campanhas de prevenção de doenças crônicas.

4. Fomento à Economia Criativa e Colaborativa

  • Iniciativas de Economia Criativa: Estimular a participação de pessoas 50+ em projetos de economia criativa, como arte, cultura, e design, aproveitando sua experiência e criatividade para revitalizar esses setores.
  • Desenvolvimento de Plataformas Colaborativas: Criar plataformas digitais que permitam o compartilhamento de habilidades e conhecimentos, facilitando a colaboração entre diferentes grupos etários.

5. Participação Ativa na Vida Cívica e Comunitária

  • Programas de Voluntariado e Liderança Comunitária: Incentivar a participação em programas de voluntariado, onde pessoas 50+ possam contribuir com seu tempo e expertise para causas sociais e projetos comunitários.
  • Consultoria e Participação em Conselhos Municipais: Criar conselhos específicos que incluam membros da população 50+, permitindo que suas vozes sejam ouvidas nas decisões políticas e sociais da cidade.

6. Comunicação e Sensibilização

  • Campanhas de Sensibilização: Realizar campanhas para mudar a percepção da sociedade sobre o envelhecimento, destacando o valor e o potencial das pessoas com 50 anos ou mais.
  • Engajamento Digital: Promover o uso de tecnologias digitais para facilitar a comunicação e a participação ativa dessa população em iniciativas municipais.

Em uma visão de futuro, é essencial que a cidade se torne um ambiente inclusivo, onde a população 50+ possa prosperar, contribuindo ativamente para o desenvolvimento econômico, social e cultural. A adoção dessas medidas posicionará a cidade como um modelo de inovação e inclusão, aproveitando o capital humano e intelectual de uma das parcelas mais valiosas da população.

Formas de Ativar Comunidades por Meio da População 50+

Brasil

Maturi: Fundada por Mórris Litvak, a Maturi conecta profissionais com mais de 50 anos a oportunidades de trabalho, consultoria e empreendedorismo. A Maturi atua não só no mercado de trabalho, mas também como uma comunidade que oferece cursos e eventos para fomentar a inclusão digital e o desenvolvimento de habilidades empreendedoras para pessoas maduras.

Talento Sênior: A Talento Sênior é uma organização que se destaca no Brasil ao promover a inclusão profissional de pessoas com mais de 50 anos, incentivando o empreendedorismo e a requalificação. A iniciativa oferece consultoria, mentorias, workshops e programas de desenvolvimento para seniores, ajudando-os a explorar novas oportunidades de carreira e empreendedorismo. Essa rede tem impactado positivamente muitas pessoas que, após os 50, se redescobrem como empreendedores e líderes comunitários.

Portugal

55+ : Em Portugal, o projeto 55+ atua na valorização das competências dos mais velhos, criando um ecossistema de apoio que estimula o empreendedorismo e a participação ativa na sociedade. A iniciativa oferece suporte para a criação de negócios próprios e desenvolve projetos intergeracionais, conectando seniores a jovens empreendedores para trocas de experiências e mentorias. O foco é combater o preconceito etário e mostrar o potencial produtivo e criativo dessa faixa etária.

2. A Avó Veio Trabalhar: Esta é uma organização social em Lisboa que envolve senhoras idosas na criação de peças de design artesanal, transformando suas habilidades em renda. Além de promover o empoderamento econômico, o projeto visa fortalecer a autoestima e o sentido de pertencimento dessas mulheres.

Espanha

Adopta Un Abuelo: Esta iniciativa conecta voluntários jovens com idosos que desejam compartilhar suas experiências de vida, criando um espaço de troca e aprendizagem mútuas. Muitos dos seniores se tornam embaixadores e co-líderes de atividades, incentivando o engajamento comunitário.

SeniorsBoom: Na Espanha, essa plataforma incentiva o empreendedorismo entre seniores, oferecendo suporte em áreas como consultoria, marketing digital e finanças para que eles possam iniciar ou escalar seus negócios. É uma comunidade ativa onde os 50+ encontram apoio e inspiração para inova

Europa

The Age of No Retirement (Reino Unido): Este movimento visa reimaginar a forma como as sociedades valorizam as pessoas mais velhas, com eventos, workshops e projetos que destacam o valor dos seniores no mercado de trabalho e no empreendedorismo. Muitas startups surgiram a partir dessas iniciativas colaborativas, com lideranças sêniores no comando.

Erasmus for Seniors (União Europeia): Inspirado no programa Erasmus para jovens, esta iniciativa oferece oportunidades de intercâmbio para seniores que desejam empreender ou se envolver em projetos sociais em outros países da Europa, promovendo a colaboração e a inovação intergeracional.

Essas iniciativas mostram como a população 50+ pode ser um motor de inovação e transformação social, utilizando suas habilidades, conhecimentos e redes para criar impacto positivo.

Conclusão

Como vimos, a população com 50 anos ou mais representa um dos grupos mais subutilizados da sociedade, com vastos potenciais ainda inexplorados. Com políticas públicas adequadas e uma visão estratégica que integre a as economias Criativa, Partilhada, Colaborativa e Multivalor, é possível transformar esses desafios demográficos em oportunidades, promovendo uma sociedade mais inclusiva, inovadora e sustentável.

A experiência, o conhecimento acumulado e o desejo de continuar contribuindo ativamente são ativos poderosos dessa população que, se devidamente apoiados, poderiam transformar economias e comunidades.

Olhando para o futuro, acredito que o foco deve ser em políticas proativas e criativas que incentivem o uso dos múltiplos capitais da população 50+. Devemos criar ambientes que possibilitem o surgimento de novas ideias, negócios e formas de participação ativa, reconhecendo o imenso valor que essas pessoas trazem. Somente com essa mudança de mentalidade e estratégia poderemos realmente aproveitar todo o potencial desse grupo, promovendo uma sociedade mais inclusiva, dinâmica e próspera. Concorda comigo?

 

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